A 16ª edição do Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia (CMGO), promovido pela SOGIMIG em Belo Horizonte, foi concluída neste sábado (18/5) com a participação da médica Natália Peri, especialista em reprodução assistida, diretora médica de WeFIV Buenos Aires – principal centro de reprodução assistida da Argentina, fellowship de Medicina Reprodutiva do Hospital Vall d’Hebron (Barcelona) e sócia-fundadora de Banco de Esperma Argentino.

A palestra de Natália Peri instigou o público a repensar os objetivos da medicina reprodutiva. Se, há cerca de 25 anos, a finalidade era ter um bebê, agora é possibilitar a pacientes mais velhas ter um bebê saudável.

“Temos a obrigação de ajudá-las a engravidar rápido para que possam completar o seu desejo reprodutivo e, além disso, temos que fazer a travessia ser agradável. Temos que cuidar da paciente, evitando-lhe o estresse. Às vezes, a decisão médica hipoteca a possibilidade de completar uma família. Temos que tomar decisões corretas e conhecer os meios que temos hoje à disposição para conseguir tratamentos mais eficientes”, destacou.

Peri também reforçou que a FIV é muito jovem, cerca de 40 anos, mas que evoluiu muito rápido. “Lamentavelmente, utilizar ou não as ferramentas mais avançadas vai depender dos custos, sobretudo em países em desenvolvimento, cuja realidade é muito diferente dos países nórdicos europeus, onde a seguridade social garante o tratamento. No entanto, temos que conhecer estas ferramentas e prover a paciente de informação”.

Para ela, o futuro da FIV é a inteligência artificial. “Está entrando em todos os campos, no embrião, nos óvulos, na decisão terapêutica”, completou.

A palestra ocorreu dentro do Up Date sobre Reprodução Assistida, moderada por Sandro Magnavita Sabino. Também participaram as médicas Ines Katerina Cruzeiro (diretora científica da SOGIMIG), Lara Felix, Tatiana Martins e Lia Cruz Vaz da Costa Damásio. Entre os temas abordados, estiveram US na paciente infértil, o papel da RM na mulher infértil e reprodução assistida post mortem: certezas e controvérsias legais.

I Simpósio Acadêmico

Este último dia também foi dedicado ao I Simpósio Acadêmico do Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia.

Conheça os temas apresentados:

Endometriose profunda e infiltrativa: métodos diagnósticos, tratamentos e futuro reprodutivo
Ana Laura Cruzeiro de Moraes

Síndrome dos Ovários Policísticos: novas evidências
Raíssa Êmily Andrade Souza

Síndrome pré-menstrual: como abordar?
Laura Falci Nahim

Caso clínico interativo – Ginecologia
Ana Beatriz Gangana de Castro Silva
Isabella Vasconcelos
Mariana Nascimento Muzzi

Placenta prévia: como identificar no pré natal e planejamento do parto
Hiany Bacelete Tavares

Pré-eclâmpsia: evidências na predição do risco e prevenção
Camila Diniz Braga

Pré-natal da paciente diabética: como conduzir?
Julia Ferreira Vilhena

Caso clínico interativo – Obstetrícia
Anna Laura Siqueira Costa dos Santos
Gabriela Hissa Lopes
Luma Soares Fagundes

Veja o que mais esteve na programação do CMGO neste sábado:

Como abordar a consulta ginecológica para publico LGBTQIAP+ ?
Palestraram Rogéria Andrade Werneck, Eduardo Siqueira Fernandes, Adriana Ribeiro da Silva e Rívia Mara Lamaita. Também participaram Stany Rodrigues Campos de Paula e Carlos Wilson Dala Paula Abreu.

Desafios na residência médica em GO
Gustavo Salata Romão participou desta conferência presidida por Antonio Fernandes Lages.

Obstetrícia na prática
Os palestrantes foram Mário Dias Corrêa Júnior, William Schneider da Cruz Krettli, Maria Paula Moraes Vasconcelos e Ana Christina de Lacerda Lobato. A presidente da SOGIMIG, Inessa Beraldo, foi a debatedora.

Perinatologia
Priscilla Moreira de Oliveira e Ana Christina de Lacerda Lobato foram as moderadoras deste up data com as médicas Lia Cruz Vaz da Costa Damásio, Juliana Augusta Dias, Larissa Volpini Barreto Borém e Maria Clara de Assis Brito Alves.

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