Outubro Rosa: O papel da mamografia no diagnóstico do câncer de mama

O câncer de mama é uma das patologias mais temidas entre as mulheres. Já não tão raro antes dos 35 anos, a incidência da doença aumenta progressivamente após os 50 anos. 

Nos países do ocidente, o câncer de mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres, sendo o segundo tipo mais comum no Brasil, logo atrás do câncer de pele não melanoma. 

Por isso, processos diagnósticos como a mamografia podem contribuir para a identificação precoce da patologia, aumentando as chances de tratamento e diminuindo o número de mortes. A seguir, conheça o papel da mamografia no diagnóstico do câncer de mama.

A propedêutica da mamografia

A principal arma propedêutica dentre os exames de imagem para o diagnóstico do câncer de mama continua sendo a mamografia. Afinal, a alta resolução e o avanço para a tecnologia digital contribuíram para a técnica ser aprimorada, melhorando as formas de avaliação e caminhando para diagnósticos mais precoces e assertivos.

Diagnóstico clínico

Para o diagnóstico do câncer de mama, o exame clínico periódico e a mamografia são pontos relevantes. Diante da avaliação clínica, é comum relatos relacionados à presença de tumor. Isso porque, o tumor maligno apresenta crescimento insidioso, consistência endurecida e pétrea, abaulamento, retração da pele, edemas e, em casos avançados, úlceras. 

Além disso, os linfonodos axilares acometidos tornam-se endurecidos. Essas são as apresentações que podem ser percebidas pela mulher e, identificadas pelo especialista durante o exame físico, junto a outras alterações

O papel da mamografia no diagnóstico do câncer de mama

A mamografia é o exame mais sensível e precoce para a detecção do câncer de mama, mesmo na ausência de sinais e sintomas. As alterações da mamografia, como as microcalcificações agrupadas, aparecem anos antes do aparecimento de um nódulo palpável. Por isso, é considerado o método diagnóstico mais importante em mulheres com anormalidades na mama.

É indicado que todas as mulheres acima dos 40 anos realizem a mamografia anualmente. Além disso, mulheres com história pessoal ou familiar de câncer de mama devem consultar um médico, tratando sobre a necessidade de iniciar o rastreamento em idade precoce.

O rastreamento por meio da mamografia é definido para mulheres assintomáticas para classificá-las como pessoas prováveis ou improváveis para as chances de contrair a doença. 

Diversos estudos clínicos relacionados ao câncer de mama confirmam a redução das taxas de mortalidade pela doença devido ao rastreamento realizado em mulheres de 40 anos ou mais. 

Contudo, vários fatores devem ser considerados. Entre eles, taxas de crescimento mais rápido da doença, menor incidência de câncer de mama entre mulheres mais jovens, curta expectativa de vida e comorbidades entre as pacientes idosas.

O início do rastreamento por meio do câncer de mama

Existem algumas variações entre as diversas sociedades médicas e países devido às diferenças de recursos necessários para a implementação de um programa de rastreamento. De qualquer maneira, todos esses protocolos são unânimes em apontar a realização periódica de mamografia como a melhor ferramenta para diminuir as taxas de mortalidade do câncer de mama. Conforme o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em mulheres entre 50 a 69 anos, a mamografia deve ser realizada a cada 2 anos.

A Febrasgo (Federação Brasileira de Sociedades de Ginecologia), a Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) preconizam a realização da mamografia anualmente em mulheres entre 40 e 74 anos. 

O Brasil vive um cenário de alerta, visto que o país contabiliza mais de 60 mil novos casos de câncer de mama ao ano. Desse modo, é fundamental utilizar campanhas de conscientização da população, como o Outubro Rosa.

A mulher deve ser orientada sobre a importância de visitar regularmente um ginecologista ou mastologista, realizando exames de acordo com sua faixa etária. Atualmente, a mamografia é o exame mais indicado para rastrear o câncer de mama. 

Portanto, deve fazer parte da rotina de exames da mulher a partir da idade indicada. Caso não fique claro o momento adequado para iniciar esse exame periódico, consulte seu médico. A partir do histórico médico e familiar ele poderá indicar o período adequado para iniciar o exame.

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