A terapia hormonal é o tratamento de escolha para o alívio dos sintomas do climatério e para diminuir os riscos para doenças cardiovasculares. Contudo, no início dos anos 2000, o estudo Women’s Health Initiative (WHI, iniciativa da saúde da mulher, em inglês), mostrou que a terapia hormonal não protegeria a mulher do ponto de vista cardíaco e poderia até mesmo aumentar seus riscos.

Entretanto, após reanálise dos dados do estudo, pelos próprios autores e por todas as sociedades internacionais, inclusive a Associação Brasileira de Climatério, essas dúvidas foram esclarecidas e introduzidos novos conceitos sobre o assunto.

Continue a leitura para saber mais sobre esse assunto.

O que é a Terapia Hormonal?

Com o avanço da idade e a chegada da menopausa, a mulher sofre a diminuição na produção dos hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona. As alterações típicas nessa fase da vida são o resultado dessa diminuição hormonal. A perda da função ovariana e consequente baixa da produção hormonal culmina com a menopausa.

A menopausa é a parada definitiva a menstruação após 12 meses consecutivos.

A sintomatologia da menopausa é muito variável. As mulheres na menopausa podem ser assintomáticas ou apresentarem sintomas leves ou mesmo cursarem com manifestações intensas.

As mulheres assintomáticas não precisam da terapia hormonal. O tratamento deve ser indicado como forma de beneficiar aquelas que sofrem com sintomas moderados a intensos da menopausa.

Formas de terapia hormonal

Atualmente, são diversas as formas de realizar a terapia hormonal. Alguns métodos utilizam somente o estrogênio, enquanto outros combinam o estrogênio e a progesterona. Essa reposição pode ser realizada por meio de comprimidos, adesivos e cremes aplicados à pele.

Os tipos de hormônios utilizados, assim como a dosagem, forma de administração e tempo de uso, são determinados pelo ginecologista, após uma avaliação criteriosa que envolve exames laboratoriais e de imagem, de modo a esclarecer as necessidades individuais.

Além disso, durante a terapia hormonal, a mulher deve ser reavaliada periodicamente, de modo a ajustar a dose quando necessário. O tratamento deve ser feito no menor tempo possível devido aos riscos associados.

Como saber se preciso de terapia hormonal?

Normalmente, entender qual o melhor hormônio pode ser difícil. Contudo, antes de pensar nisso, a mulher deve procurar um médico especializado, como o ginecologista ou endocrinologista, para identificar se a terapia hormonal é mesmo indicada, a partir do histórico de saúde da mulher, exames e sintomas, como:

ressecamento vaginal por atrofia;
diminuição da libido;
alteração de humor;
aumento do apetite;
ansiedade;
pele seca;
calor

Existe algum efeito colateral?

Sim, a reposição hormonal pode causar efeitos colaterais. É importante ressaltar que esses efeitos são facilmente diagnosticados e tratados pelo médico habilitado em terapia hormonal

Entre os principais observados durante o tratamento estão:

sangramento vaginal;
inchaço; cefaleia;
dores nas mamas
e alterações no humor.

A terapia hormonal é uma forma de equilibrar os hormônios que já não são produzidos na quantidade adequada pelo organismo e, desse modo, podem afetar o bem-estar e a qualidade de vida da mulher.

Contudo, é fundamental entender que, para a terapia hormonal, é preciso buscar ajuda de do (a) ginecologista. Assim, é possível ter uma avaliação que permita ao profissional identificar a necessidade individual, apontando a conduta correta.

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