Cistite da Lua de Mel: Existe Mesmo? Saiba Mais!
As infecções do trato urinário (ITU) são um problema comum entre as mulheres, causando desconforto significativo. Essas infecções podem afetar tanto a bexiga (cistite) quanto os rins (pielonefrite). Quando a cistite ocorre após a relação sexual, é frequentemente chamada de “Cistite da Lua de Mel”.
Esta condição resulta da contaminação ascendente do trato urinário, com bactérias da região perineal, anal e vaginal infectando a uretra, bexiga e rins, nessa ordem. A Escherichia coli, uma bactéria intestinal comum, é responsável por aproximadamente 80% dos casos.
É importante destacar que as infecções urinárias não são transmitidas sexualmente, mas a atividade sexual pode facilitar a ascensão das bactérias para o trato urinário.
Os sintomas incluem dificuldade para urinar (disúria), micção frequente de pequenas quantidades de urina (polaciúria), dor ao urinar (algúria), urgência miccional e dor no baixo ventre. Em casos de pielonefrite, que afeta os rins, os sintomas podem incluir febre, taquicardia, mal-estar geral e dor lombar.
Fatores de risco incluem idade avançada, diabete, obesidade, prolapsos genitais, vaginose bacteriana, gravidez, uso de diafragma como contraceptivo, atividade sexual regular e novos parceiros sexuais.
O diagnóstico pode ser feito com base nos sintomas relatados pela paciente ou por meio de exames de urina, como urina de rotina, gram de gota e urocultura, especialmente em casos mais complicados. Em situações de infecções recorrentes ou pielonefrite, exames de imagem, como ultrassom e tomografia, são úteis na avaliação do trato urinário.
O tratamento consiste no uso de antibióticos, sendo que a terapia em dose única é popular pela sua simplicidade e eficácia. O uso de antibióticos por 3 a 7 dias também é eficaz. Em casos de pielonefrite, o tratamento com antibióticos pode se estender por 7 a 14 dias, e em situações graves, a internação para administração de antibióticos injetáveis pode ser necessária.
A prevenção de infecções urinárias recorrentes pode ser alcançada com o uso de antibióticos em baixa dose por um ano ou após a relação sexual. Além disso, o consumo de cranberry pode ser benéfico, embora a dose ideal não tenha sido estabelecida. Para mulheres na pós-menopausa com atrofia genital, a terapia hormonal vaginal pode ser eficaz.
Outras medidas preventivas incluem aumentar a ingestão de água ao longo do dia, evitar reter a urina por períodos prolongados e urinar logo após a relação sexual.
Agora que você está informado sobre a “Cistite da Lua de Mel”, é fundamental consultar regularmente o seu ginecologista e aprofundar seu conhecimento sobre o assunto.
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