A relação entre a obesidade e a saúde reprodutiva, incluindo as opções de tratamento disponíveis

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso em 2025. A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal.
Atualmente, é uma das maiores preocupações dos órgãos de saúde, visto que o excesso de peso gera sobrecarga no organismo e desencadeia doenças e outros distúrbios na população. Entre eles, o comprometimento da fertilidade de homens e mulheres. Por isso, no artigo de hoje, vamos falar sobre a relação entre a obesidade e a saúde reprodutiva. Acompanhe a seguir.
Como a obesidade pode afetar a saúde reprodutiva?
A obesidade interfere na saúde reprodutiva da mulher e aumenta o risco para outros problemas durante a gestação. Além disso, o excesso de peso também prejudica a fertilidade do homem. Acompanhe como a doença pode afetar a saúde reprodutiva.
Obesidade e fertilidade feminina
A mulher com obesidade pode ter irregularidade na menstruação ou mesmo não ovular. Isso ocorre devido ao descontrole da produção hormonal pelos ovários. O excesso de gordura no corpo aumenta a produção do hormônio estrogênio, , interferindo no ciclo menstrual e na ovulação. Além disso, o aumento de hormônios produzidos pelo ovário, como os androgênicos, leva a resistência de insulina, outro hormônio que está relacionado a ovulação. , portanto quando em excesso, a insulina pode alterar os ciclos menstruais.
Tais alterações metabólicas elevam ainda os radicais livres, fator que também diminui a qualidade dos óvulos. Consequentemente, pode haver menor taxa de fertilização dos óvulos e de desenvolvimento dos embriões.
A receptividade do endométrio também é afetada pela obesidade. O endométrio é a camada que reveste o útero internamente. Para que a gestação ocorra, o óvulo é fecundado pelo espermatozóide e o embrião formado implanta no endométrio. Dessa forma, a obesidade pode prejudicar a implantação por alterar a receptividade do endométrio.
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma síndrome caracterizada pelo desequilíbrio hormonal, resistência à insulina e aumento dos hormônios masculinizantes na mulher. Em alguns casos, pode estar associada à obesidade.
Obesidade e fertilidade masculina
O excesso de peso também compromete a saúde reprodutiva masculina. Entre os efeitos causados pela obesidade no homem, estão alterações hormonais que refletem na libido e produção dos espermatozoides. Estudos apontam que, em homens com obesidade, a redução da produção dos espermatozoides é mais comum.
Outro aspecto preocupante em relação à obesidade e a saúde reprodutiva é a integridade do DNA espermático, que aparece comprometida em homens obesos. Pesquisadores suspeitam que essa deterioração está relacionada à indução do estresse oxidativo e aumento da temperatura escrotal decorrente da gordura em região pubiana.
Quais outros transtornos a obesidade provoca no organismo?
Além de comprometer a saúde reprodutiva, a obesidade provoca outros transtornos no organismo. O excesso de gordura resulta no aumento de fatores de risco para doenças, como:
- problemas cardiovasculares;
- disfunções hormonais;
- síndrome metabólica;
- diabetes tipo 2;
- hipertensão arterial.
Como tratar a obesidade?
A obesidade deve ser tratada não só em pessoas com risco para a fertilidade e saúde reprodutiva. O controle do peso e o combate à obesidade devem ser feitos visando diminuir o desenvolvimento de outras doenças que prejudicam a saúde e qualidade de vida.
A seguir, você vai conhecer as principais formas de tratamento para a obesidade. No entanto, é importante lembrar que, somente um profissional especializado é capaz de indicar o melhor tratamento individualizado após avaliação e diagnóstico adequado.
Tratamento clínico
O tratamento clínico para a obesidade envolve mudanças de hábitos que afetam a saúde e bem-estar. Dessa forma, o tratamento envolve alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e, quando necessário, acompanhamento psicológico. Afinal, a obesidade pode estar ligada à compulsão alimentar, e deve ser tratada corretamente.
Tratamento cirúrgico
Em alguns casos, após o insucesso do tratamento clínico e risco de vida para o paciente, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. Contudo, apenas indivíduos que apresentam IMC (índice de massa corpórea) acima de 40 kg/m² ou IMC superior a 35 kg/m² e doenças agravadas pela obesidade são elegíveis para a cirurgia. Ainda assim, após o tratamento cirúrgico, o paciente deve mudar os hábitos de vida, adequando-se às mudanças realizadas pela cirurgia bariátrica.
Você conheceu neste artigo a relação entre a obesidade e a saúde reprodutiva. É importante esclarecer que a obesidade é uma doença crônica que deve ser tratada de modo adequado, permitindo que o indivíduo tenha saúde e qualidade de vida ao diminuir os riscos para desenvolvimento de outras patologias.
Quer acompanhar mais informações importantes como estas? Então, conheça também o papel da dieta na prevenção e tratamento da endometriose!