A relação entre a endometriose e a dor crônica, incluindo opções de tratamento para a síndrome da dor pélvica crônica

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A endometriose e a dor pélvica crônica apresentam uma relação próxima, impactando a saúde e qualidade de vida da mulher. Um dos sintomas da endometriose, doença que muitas vezes difícil de ser diagnosticada, a dor pélvica pode variar de leve a incapacitante. 

A seguir, confira a relação entre a endometriose e a dor pélvica crônica e conheça opções de tratamento que podem contribuir para melhorar a qualidade de vida, produtividade e mesmo a fertilidade da mulher.

Entendendo a endometriose e a dor pélvica crônica

A endometriose é caracterizada pelo crescimento anormal de células semelhantes às células do endométrio (camada que reveste o interior do útero), em outras áreas do corpo, como região pélvica, ovários e trompas. 

Essa doença ginecológica pode causar diferentes sintomas. Entre eles, a dor pélvica crônica é o mais prevalente e também o mais incapacitante. Esse sintoma ocorre devido à inflamação dos tecidos afetados. Desse modo, formam-se aderências e cicatrizes na região.

Além disso, a dor pélvica crônica pode resultar da distorção anatômica causada pela endometriose. A dor pélvica crônica persiste por mais de 6 meses, podendo ser constante ou intermitente. Em alguns casos, pode estar associada ao desconforto durante relação sexual, dores nas costas, dores ao urinar, constipação ou diarreia.

A relação entre a dor pélvica crônica e a endometriose

Acredita-se que a dor pélvica crônica ocorra na endometriose devido à inflamação, aderências e cicatrizes, como vimos anteriormente. Quando o tecido endometrial adere em órgãos próximos ao útero, como bexiga e ovários, causa dor e desconforto. 

A dor pode estar presente também durante a menstruação. Isso acontece porque o tecido que cresceu fora do útero é formado por células endometriais, desse modo, ainda responde a hormônios reprodutivos. Dessa forma, quando ocorre o ciclo menstrual, esse tecido aumenta seu tamanho e sofre sangramento, ação que resulta em inflamação e dor.

Algumas mulheres são mais sensíveis à dor

A dor pélvica crônica causada pela endometriose pode ter maior intensidade em algumas mulheres. A resposta para essa questão está na sensibilização do sistema nervoso central. O sistema nervoso normalmente nos alerta, protegendo o corpo de estímulos que podem ser nocivos. 

A dor crônica é patológica, e persiste muitas vezes após o estímulo iniciante. Esse resultado causa uma reorganização nas funções e estruturas do sistema nervoso central, que mantém a percepção da dor.

Formas de aliviar a dor pélvica crônica na endometriose

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O manejo da dor pélvica crônica que se resulta da endometriose deve ser feito de forma multidisciplinar. Ou seja, envolve a assistência por diversos profissionais, como ginecologistas, psicólogos, fisioterapeutas e também nutricionistas. 

A abordagem visa tratar os sintomas físicos e também diminuir os impactos psicológicos e emocionais que estão presentes na vida dos pacientes. Dessa forma, é possível ter um tratamento eficaz, que envolva diferentes fatores relacionados à dor. Do mesmo modo, o atendimento multidisciplinar garante que a mulher receba tratamento personalizado, conforme as necessidades individuais. 

A dor crônica na endometriose pode ser tratada por meio de medicamentos, analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides e hormônios para suprimir a menstruação. O objetivo é controlar a inflamação e também as dores. Para quadros mais graves, o tratamento indicado pode ser o cirúrgico. Assim, o médico remove as partes implantadas de endometriose, corrigindo a distorção anatômica no organismo da mulher. 

Fisioterapia

A fisioterapia pode auxiliar o tratamento para a dor crônica na endometriose. Por meio de exercícios e técnicas que melhoram a função dos músculos pélvicos, os profissionais contribuem para a diminuição do desconforto e aumento da qualidade de vida.

Saúde mental 

O tratamento também deve ser realizado com apoio psicológico. Afinal, a mulher deve ter ajuda profissional para entender como lidar com o impacto emocional e psicológico da dor crônica e também da endometriose, condição que pode afetar a fertilidade.

É comum que sentimentos como ansiedade, depressão e estresse estejam presentes. Por esse motivo, a terapia é fundamental para auxiliar no desenvolvimento de estratégias para enfrentar a doença e melhorar a saúde mental.

Nutrição

Por fim, a nutrição também pode ajudar no manejo da dor crônica da endometriose. Com o acompanhamento de um nutricionista, a mulher pode ter orientações para adotar uma dieta equilibrada e anti-inflamatória para controlar a inflamação e reduzir a dor.

A dor pélvica crônica na endometriose pode afetar a mulher de forma física, psicológica e emocionalmente. Por isso, é importante que seu manejo seja feito por uma equipe profissional multidisciplinar focada no tratamento e alívio dos sintomas, assim como na melhora da qualidade de vida.

Gostou deste post? Então, veja também o papel da dieta na prevenção e tratamento da endometriose, incluindo alimentos anti-inflamatórios e suplementos nutricionais!